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EDIFÍCIO PONDER

São Paulo - SP 

Autor: Gregório Zolko

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Imagens da obra

Imagens do projeto

FICHA TÉCNICA

Nome da obra: Edifício Ponder.
Data do projeto/construção/inauguração: 1960.
Localização/perímetro: Rua Tutóia, Nº 978 – Vila Mariana, São Paulo-SP.
Autor do projeto: Arq. Gregório Zolko.
Intervenções posteriores: colocação de grade na frente do prédio.
Tamanho do lote e área construída: 1.082,77 m² / 4.147,56 m².
Tombamento: não houve.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

ACROPOLE. Edifício de apartamentos. Gregório Zolko, arquiteto. Acropole. São Paulo, Ano 22, n. 258, p. 134-135, mar. 1960.

SOBRE A OBRA

Edifício Ponder (1960) foi o primeiro edifício residencial projetado pelo arquiteto Gregório Zolko. O edifício possui oito pavimentos, sendo um subsolo de estacionamento, em meio nível, um térreo e outros seis andares. No total são 27 unidades de apartamentos de 41m² cada uma, sendo três delas localizadas no térreo. O edifício caracteriza-se por dois blocos, conectados por um núcleo central de circulação, com dois elevadores e uma escada. No estacionamento encontram-se os espaços de apoio, como medidores, lixeira, caixa-d’água, casa de bombas, e as molas dos elevadores, pois estes não chegam ao estacionamento, sendo o acesso ao pavimento térreo feito somente pela escada. O estacionamento aproveita o desnível transversal do terreno de 2.70m, economizando em contenções estruturais. Ao acessar o térreo, há (lado esquerdo) um salão de festas, voltado para a Rua Tutóia, com um pequeno jardim na frente e com outro espaço de apoio aos fundos, afastados do bloco de trás, para não prejudicar a ventilação e a insolação dos apartamentos desse bloco. Dentro do salão de festas há um pequeno bar, que funciona como uma copa, um lavabo e um banheiro. O salão de festas e a pequena portaria são os únicos espaços no térreo que são de uso comum, pois os outros espaços são preenchidos com três apartamentos, sendo um deles de frente para a Rua Tutóia, com um pequeno jardim na frente, e outros dois apartamentos no bloco de trás, que por conta do desnível do terreno, possuem terraços, pois o pavimento do estacionamento, nesse ponto, está 2.70m mais baixo, possibilitando assim a projeção dos terraços. Do primeiro ao sexto andar temos uma planta tipo, com quatro apartamentos por andar, conectados por um núcleo central de circulação. Todos os apartamentos, inclusive os do térreo, possuem dois acessos a partir desse núcleo central, sendo um deles para área social e outro para a área de serviço. Ao acessar o apartamento pela entrada social, temos uma sala, que se abre ao espaço com um pequeno terraço de apoio. A sala conecta-se à cozinha e ao corredor de acesso aos quartos. Na área de serviço, que também possui uma entrada independente pelo núcleo central, temos uma cozinha e uma lavanderia com um banheiro. Esses espaços estão voltados para um vão central, que forma o espaço entre os dois blocos do prédio, suprindo as necessidades de ventilação e insolação dessas áreas de serviço. O espaço dos quartos está separado por uma porta, isolando essa área do espaço de convivência do apartamento. Nessa área os espaços se dividem em dois banheiros e dois quartos. Os quartos possuem caixilhos de alumínio com um sistema de roldana externa com uma veneziana, que ao deslizar pela fachada, ajuda a proteger os quartos da incidência solar e, ao mesmo tempo, cria um movimento com essa ação de abertura e fechamento. O caixilho da sala não possui qualquer proteção solar, a não ser pela projeção da laje do terraço do andar superior, mas que não acontece no sétimo andar, ficando este exposto a uma incidência solar maior.

IMPORTÂNCIA DA OBRA PARA O MOVIMENTO MODERNO 

Obra significativa no uso de revestimentos e caixilharia de alumínio, seguindo as práticas em uso estabelecidos pelos arquitetos modernos na época (anos 1960), dentro de uma linha que não era a tradicional carioca, mas já dentro de uma reconhecida forma de atuação paulista. Resolução competente de nucleação das áreas úmidas e de serviço em volta de um pátio de iluminação e ventilação amplo, articulado pelo núcleo de circulação vertical, rompendo com os tradicionais pátios de ventilação meramente funcionais de décadas anteriores

SOBRE OS AUTORES 

Nascido em São Paulo em 23 de março de 1932, Gregório Zolko, filho de pai alemão, de Berlim, e mãe russa, de Odessa, estudou arquitetura de 1950 a 1955 na Universidade de Illinois, localizada na cidade e Urbana, dentro do condado de Champaign. Regressou ao Brasil em 1955, e decidiu passar por um período de adaptação a arquitetura brasileira, e para entender como funcionava o sistema de projeto e construção no Brasil, mais precisamente em São Paulo, buscou estágio no escritório do arquiteto Gregori Warchavchik, conhecido de sua família. No escritório de Warchavchik ficou um período de seis meses estagiando, e após esse período, foi efetivado como arquiteto, trabalhando por mais seis meses, totalizando um ano de trabalho no escritório. Com Warchavchik teve a oportunidade de participar de algumas obras conhecidas, como as do Clube Associação A Hebraica, Clube Paulistano e o Clube Pinheiros. Após um ano intenso trabalhando com Warchavchik, decidiu montar seu próprio escritório em 1956. Em 1958, com 27 anos, superou 229 equipes ao vencer o concurso para o projeto do Palácio da Farroupilha, em Porto Alegre, em parceria com o arquiteto Wolfgang Schoedon. A dupla se conheceu ainda no escritório de Warchavchik, em 1955, mas já haviam trabalhado juntos outras vezes, como no concurso do novo Hospital Albert Einstein, em 1958, de maneira independente ao escritório de Warchavchik. Em 1962 Zolko fundou a Constructa, escritório que projetou, junto com seu sócio Schoedon, 318 projetos, de diversas tipologias, ao longo de mais de 57 anos de funcionamento

Autores da ficha: Ricardo José Rossin de Oliveira e Fernando Guillermo Vázquez Ramos.

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