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TEMÁTICAS

O tema central do evento, a difusão da arquitetura moderna, no período 1930-1980, parte do pressuposto de que a modernidade é um estado da cultura num momento determinado da história da sociedade, e não deveria ser assumida, ou pelo menos não deveria ser assumida só, como um estilo, isto é, como obras cujos recursos expressivos específicos, sobretudo formais, lhe dão identidade. Pensamos que a modernidade está associada ao desenvolvimento de um sistema produtivo relacionado com uma sociedade, e com uma cultura, de massas, industrializada, que compartilha uma estética de origem internacional, ainda que com poderosas e significativas manifestações locais (que enriquecem a corrente internacional, à qual se vinculam por direito). É a resposta procurada por uma sociedade que questiona as formas do morar tradicional das sociedades pré-industriais, com as quais se convive, mas na procura de de formas de viver menos estratificadas. O longo período de consolidação dessa modernidade, dos anos 1930 até os anos 1980, foram ricos em experiências de transformação social, política e económica, sobretudo cultural, no Brasil e no mundo. A modernidade arquitetônica (como a paisagística e a urbanística)  se construiu de forma integrada à construção de uma sociedade urbana multifacetada, cheia de nuances, que foi se alastrando pelo território, a partir dos grandes centros de comando (político ou econômico), durante a segunda metade do século XX. Essa construção sociocultural ainda continua exercendo sua influência sobre a produção arquitetônica atual. Resgatar essa influência, reconhecer a difusão e consolidação da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo modernos fora dos grandes centros, ou ainda dentro deles, mas nas áreas periféricas, isto é, reconhecer que as obras construídas na modernidade nos territórios de um limex que se expande, são indicadores fundamentais para um autoconhecimento da própria sociedade - em seus aspectos social, cultural, tecnológico e político.

EIXOS

EIXO 01

Identificação (documentação, inventário, reconhecimento, etc.) das obras construídas ou não do movimento moderno, a partir de trabalhos de listagem, inventário ou simples recopilação de dados de acervos, coleções ou ainda levantamentos de campo e pesquisas in loco de caráter inédito ou ainda em andamento com a apresentação dos resultados mais atuais.

Os eixos de debate se concentram sobre alguns dos tópicos centrais da modernidade, embora admitam variadas abordagens. Assim, o evento está organizado em três Eixos Temáticos dispostos para acolher depoimentos, estudos de acervos, pesquisas documentais, estudos de caso, críticas etc. sobre obras e projetos referentes à arquitetura, ao urbanismo e ao paisagismo modernos, fundamentalmente no âmbito do estado de São Paulo, mas não só, desenvolvidos entre 1930 e 1980.

CROQUI CARMEM PORTINHO
CROQUI DE ARQUITETA

EIXO 02

Ações (intervenção, restauro, conservação, etc.) sobre patrimônio da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo modernos, com a finalidade de divulgar os trabalhos de equipes ou profissionais que se debruçam no esforço de possibilitar às futuras gerações o acesso às obras, construídas ou não do movimento moderno.

 

 

EIXO 03

Ensaios (históricos, artísticos, culturais, etc.) provenientes tanto da academia como das ações de profissionais interessados no movimento moderno (arquitetos, técnicos municipais, historiadores e críticos), assim como de membros da sociedade civil sensibilizados com as qualidades inegáveis de um patrimônio único e hoje bastante ameaçado.

CROQUI HANS BROOS
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